segunda-feira, 14 de março de 2011

Respira errante e ritmada - parte I


O Sol já começara a surgir no horizonte, deixando as suas marcas por entre as montanhas e reflectidas em toda a parte, fazendo brilhar o mundo lá de fora. Sucede-se um novo dia que certamente será passado a um ritmo aprazível como tantos outros, pautado por momentos de trabalho intenso e pelo aconchego da família. Sara caminhava perto do rio, sentia a erva verde, fresca e ainda húmida do orvalho da noite, pé ante pé e cada vez a um ritmo mais acelerado, pois, estava a ficar sem tempo para chegar às aulas.
Retoma todos os dias aquele lugar, aqueles corredores repletos de gente interessante, muitas delas absurdas, mas que tornam todas as manhãs a melodia daquela escola, uma agitação incontrolável de alunos, professores, funcionários mas, agora sim, respirava-se o impacto de tanta mente em funcionamento, Sara tem um empenho muito grande por aquilo que faz, os pensamentos ganham forma e quanto mais definida estiver a ideia, mais concreta é a forma como a aplica. 
Fechava os olhos com muita força e juntava as mãos, mas agora com ele em pensamento, à espera de os abrir e de o encontrar à frente em qualquer parte, este dia já o tinha feito mais de uma centena de vezes, nada, nada cem vezes. O desejo de o encontrar já a sufoca, tudo moía por dentro, cada vez mais veloz, não desiste de mergulhar os pensamentos "rio" adentro, não resistiu. Não é que gostasse de pensar nele, mas as saudades estavam a deixa-la louca, tinha vontade de não resistir, despir-se e atirar-se de braços abertos, gritar, divertir-se, relaxar e ser feliz em mais um momento. 
Estava cansada, aborrecida, irritada e tinha certeza que naquele dia, já não o iria ver, a revolta era cada vez maior e abriu guerras sem lógica e só porque sim, passou a olhar para o infinito. Era como se tivesse ali parada, abriu uma caixa, já gasta pelo tempo, onde guardava as recordações, coisas de tempos e tempos, passados, presentes e futuros, reviu-a e logo de seguida regressou a casa.
Agora ao final do dia, Sara, não consegue articular mais nada, ficou tudo petrificado: o coração, a mente, o pensamento.

(fictício) ; (continua...)
           

9 comentários:

Say Cheese disse...

Está muito bom!

Liliana Cunha disse...

Gostei ;)

Tânia disse...

esta lindo, continua querida (:

Joana disse...

esta muito lindo *.*

Joe disse...

É mesmo :$

2edoissao5 disse...

por que as mais belas historias de amor tem que ser triste?

♪ Sil disse...

por que as mais belas historias de amor tem que ser triste?

(2)

Mas a verdade é que são mesmo rs

Um abração!

Anónimo disse...

pois era, mas todos nós sabemos que isso por enquanto não é possivel e só o tempo faz curar essas feridas que se abrem dentro da nossa alma. mas se bem, é com estas quedas que aprendemos e faz de nós o que somos hj (:

r a q u e l disse...

Amei *-*
Sigo o blog (: